Indígenas venezuelanos são agredidos; prefeitura aciona PF para intervir na situação

Integrantes do grupo de imigrantes do povo indígena da Venezuela, que estão abrigados em Itabuna, foram agredidos na noite de ontem, domingo(12). Informações iniciais revelam que as agressões partiram de membros do próprio grupo. Além disso, também há relatos que tambem houve  a confusão em um bar do bairro Mnagabinha, onde o abrigo dos indiginas esta localizado.

Em vídeo que circula nas redes dois membros do grupo aparecem ferimentos no rosto. Desde setembro do ano passado, o grupo com mais de 50 imigrantes de povo indígena da Venezuela, foram abrigados no prédio da Escola Antônio Carlos, no bairro Mangabinha. De acordo com a prefeitura, 11 famílias vivem no espaço.

A Polícia Militar da Bahia foi acionada, por meio do 15º BPM, para intervir e restabelecer a paz na unidade escolar, além de prestar assistência aos feridos com hematomas na cabeça, rosto e pelo corpo, levando-os ao Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, onde não houve internamentos. A maioria das vítimas retornou ao abrigo à exceção do irmão do cacique e cunhado da mulher, que teve o cabelo cortado, que teria sido expulso do grupo de indígenas venezuelanos da tribo Warao.

Segundo a secretária interina de Promoção Social e Combate à Pobreza (SEMPS), Luciana Seara, “o município  assiste essas pessoas  em um outro contexto, com políticas sociais, que eles já são atendidos pelo bolsa família por exemplo, com as políticas sociais existentes no município. Mas essa questão de violência foge completamente, e não é de responsabilidade do município da gestão municipal”, disse.

Ela tambem relatou que é constante o uso de álcool e até drogas no interior da escola, uso abusivo de som alto durante todo o dia, inclusive na madrugada, com importunação aos vizinhos da antiga escola ACM. Depois do incidente do final de semana, a SEMPS também acionou o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Conselho Tutelar e Secretaria de Segurança e Ordem Pública (SESOP), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), defensorias públicas do Estado (DPE-BA) e da União (DPU) e toda a rede de proteção.

A secretária interina também informou que nesta segunda-feira(13), a Prefeitura de Itabuna, por meio da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (SEMPS), vai apresentar um boletim de ocorrência da Delegacia da Polícia Federal, em Ilhéus.

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