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Agentes de Saúde formados pela Fiocruz elogiam o Materno-Infantil de Ilhéus: “estrutura com tecnologia e olhar atencioso dos profissionais”

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Agentes populares de Saúde do Programa de Formação de Agentes Educadoras e Educadores Populares em Saúde (AgPopSUS), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na Bahia, realizaram uma visita técnica ao Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio (HMIJS) em Ilhéus, unidade da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) gerida pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS). A visita teve o objetivo de fortalecer a relação entre a comunidade e o SUS, ampliando a compreensão do funcionamento da unidade com os serviços oferecidos e sua dinâmica do atendimento.

O programa do Governo Federal, coordenado pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde, teve seu percurso iniciado no final de 2023 e, desde sua construção, foi feito em produção coletiva, dialogada e baseada nas experiências anteriores de formação de Agentes Populares de Saúde.

Força popular

A formulação do AgPopSUS foi inspirada na formação de lideranças comunitárias e de movimentos sociais populares, que durante a pandemia de Covid-19, atuaram como Agentes Populares de Saúde e Agentes Populares de Saúde do Campo.

De acordo com a educadora Priscilla Lessa de Mello, que integrou a comitiva que visitou o HMIJS, a iniciativa tem a educação popular em saúde como método, caminho e horizonte de experiência para promover a participação social no SUS. O objetivo geral do projeto é o desenvolvimento de Territórios Saudáveis e Sustentáveis, incentivando e valorizando as práticas tradicionais e populares de cuidado, a comunicação e a educação popular em saúde.

Agentes para o presente e futuro

Para a execução das atividades, em cada uma das 17 unidades federativas abrangidas pelo programa, a iniciativa conta com uma equipe estadual e educadores locais. O programa projeta operacionalizar a formação de 370 mil agentes até 2026 e demonstra o reconhecimento do governo sobre a importância da participação social e do envolvimento dos movimentos sociais na construção do SUS.

A Iyakekerê Fabrine Ferreira dos Santos, assentada no Projeto de Assentamento Federal Dom Helder Câmara, na localidade rural de Banco do Pedro, em Ilhéus, é uma das beneficiadas pelo programa. Educadora, pedagoga, ela é formada como Agente Popular em Saúde pela Fiocruz, através de uma parceria com o Terreiro Ilé Axé Odé Omi Ewá.

Humanização

Com a visita Fabrine diz que pôde perceber o quanto é importante o momento de conhecer as estruturas do hospital, mas, também, a forma como as pessoas são atendidas. “É um hospital que a gente consegue perceber um atendimento humanizado, respeitoso. É uma estrutura com a presença da tecnologia e com um olhar atencioso dos profissionais com crianças e mães”, assegurou.

De acordo com a educadora, iniciativas como estas, de conhecer espaços de saúde como o HMIJS, fazem com que os agentes de saúde popular possam multiplicar e mostrar a importância dos direitos e deveres dentro de um espaço de atendimento de saúde. “Me chamou a atenção o olhar com as gestantes de camadas mais vulneráveis da sociedade, o respeito com as etnias e os povos originários, com o preto, o periférico”, disse, acrescentando que, orientar sobre tudo isso é garantir para as pessoas um atendimento digno dentro dos territórios periféricos.

Referência

O Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio é a primeira maternidade 100% SUS da região sul do Estado. Foi construído pelo Governo da Bahia e entregue em dezembro de 2021. Possui 105 leitos para obstetrícia, partos normal e de alto risco, pediatria clínica, UTIs pediátrica e Neonatal. Nestes três anos de funcionamento ultrapassou a marca de 10 mil e 700 partos. Destes, 421 bebês indígenas.

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