O Ministério da Saúde prorrogou até o dia 30 de setembro a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação. A ampliação do prazo tem o objetivo de aumentar as coberturas vacinais e a adesão da população à vacinação. Tendo em vista que a Campanha Nacional, iniciada no dia 8 de agosto, alcançou apenas 44% das crianças entre um e quatro anos que precisam receber o reforço da vacina.
Em Itabuna, a Secretaria de Saúde do Município alerta para baixa cobertura vacinal. A Secretaria de Saúde divulgou a programação para o Dia de Mobilização Contra a Paralisia Infantil, que acontecerá no saguão da Faculdade UniFTC, localizada na Praça José Bastos, centro da Cidade. A ação está programada para acontecer na próxima quarta-feira, 28 de setembro.
De acordo com a enfermeira Camila Brito, coordenadora da Rede de Frio da Secretaria Municipal de Saúde até o momento o município registra um baixíssimo índice de cobertura vacinal contra a Poliomielite, considerando que do total de 9.909 crianças que já deviam estar imunizadas, somente 40% delas (3.963) foram levadas por seus pais e/ou responsáveis às unidades de saúde para a imunização, que consiste apenas em duas gotinhas derramadas diretamente na boca da criança. Além dos baixos índices da Pólio, o município também precisa elevar os indicadores na multivacinação.
Segundo um levantamento do estudo VAX*SIM, da Fiocruz, que analisa a imunização dos menores de cinco anos, apenas duas a cada cinco crianças brasileiras estão protegidas neste ano contra a paralisia infantil. Isso significa que cerca de 6,4 das 11,5 milhões de crianças elegíveis estão desprotegidas a duas semanas do fim da campanha, destacam os pesquisadores.
“A nossa preocupação, enquanto profissionais de saúde do município, é a mesma compartilhada por autoridades sanitárias, infectologistas e especialistas de todo o País que temem, nas próximas décadas, pela circulação do vírus e o surgimento de casos de paralisia infantil após 30 anos sem nenhum registro no território nacional”, pontua a coordenadora da Rede de Frio. Ela voltou a chamar à atenção dos pais e responsáveis pelas crianças para que não neguem aos seus filhos o direito à saúde e à vida, assegurados na Constituição Brasileira e no Estatuto da Criança e Adolescente.
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