O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) reduziu, em mais de 50%, a jornada de trabalho estabelecida por lei. A diminuição resultou em uma fila com cerca de 100 mil pessoas por mês que ficaram sem atendimento. Além do atraso no atendimento aos beneficiários, o tribunal também detectou outros problemas no INSS, como redução das metas, alocação ineficiente de peritos federais e a utilização de falhas nos recursos de tecnologia da informação como motivos para a piora do serviço prestado à população.
Uma das medidas afetadas são as perícias médicas, que tem como prazo de realização estabelecido em 45 dias. Porém, só é obedecido em seis estados e o tempo médio dos atendimentos chega a 82 dias, aponta o TCU. Em algumas localidades, porém, o prazo de espera ultrapassa 200 dias, como em Rondônia (247 dias), Tocantins (226 dias) e Amazonas (221 dias), afirmou o relator do processo, o ministro Aroldo Cedraz.
Os dados são de setembro de 2023, referentes à procura por benefícios de prestação continuada (BPC) à pessoa com deficiência e benefícios previdenciários por incapacidade.
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