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ITABUNA: 100 dias de legislatura com escuta ativa e coragem para exigir respeito

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Ao completarmos os primeiros 100 dias da atual legislatura, convido você a uma reflexão importante. Um período ainda curto, mas já carregado de desafios, cobranças e aprendizados.

Esta Casa, a Câmara Municipal de Itabuna, é a porta de entrada das angústias do nosso povo. É aqui que chegam as dores da cidade, os pedidos de ajuda, as reclamações, as críticas — muitas vezes duras, muitas vezes injustas, mas que fazem parte do papel que cada um de nós aceitou exercer.

Os colegas que estão começando agora vão, com o tempo, entender o peso de carregar nas costas um mandato popular. Vão calejar, como já calejaram os que estão aqui há mais tempo. Somos os primeiros a levar a porrada, como um para-choque da cidade. E, mesmo assim, continuamos firmes, porque sabemos o valor do povo que representamos.

Mas é preciso deixar uma coisa muito clara: esta Casa é um Poder. Um Poder independente, legítimo, amparado pela Constituição e sustentado pela vontade popular. E por isso, não aceitaremos desrespeito — de nenhum órgão, de nenhuma autoridade, de nenhuma esfera.

Recentemente, vivemos situações que não podem passar batido, sendo preciso intervenção para que reconhecessem a presença da Câmara. Nos eventos do Estado, a Assembleia Legislativa é respeitada. Nos eventos federais, o Congresso é reverenciado. Em Itabuna, a Câmara precisa se impor para ser vista. Isso está errado.

Onde não houver respeito ao Poder Legislativo, não haverá a presença deste presidente. E oriento os colegas: que também não estejam onde não formos respeitados.

Somos uma Casa plural. Temos recebido em nossos gabinetes professores, comerciantes, feirantes, líderes religiosos de todas as crenças — candomblecistas, evangélicos, espíritas, católicos, umbandistas. Gente do povo.

Somos, na maioria, negros. Somos, na maioria, gente da periferia. E isso também precisa ser dito, porque, por vezes, o preconceito institucional vem disfarçado de formalidade. Não podemos naturalizar isso. Aqui temos histórias que honram esta Casa, trajetórias que são diplomas de luta.

E é por isso que eu afirmo: ter um diploma universitário exige anos de dedicação. Mas conquistar o diploma de vereador em Itabuna talvez seja um dos mais difíceis de se conseguir e colocar na parede. Porque exige rua, exige confiança, exige coragem.

Seguiremos trabalhando, com responsabilidade e firmeza. Seguiremos sendo a Casa do Povo. Mas não aceitaremos ser tratados como algo menor.

Enquanto esta presidência estiver em exercício, a Câmara de Itabuna será tratada como aquilo que é: um Poder.

Vereador Manoel Porfírio
Presidente da Câmara de Itabuna e Chefe do Poder Legislativo Municipal

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