Uma moradora de Itabuna, Allana Thaís, procurou nossa reportagem para denunciar o que chamou de “negligência” por parte da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da cidade. De acordo com ela, sua irmã, que é transplantada renal, tem neuropatia diabética e sofreu um derrame no joelho, começou a passar mal durante a madrugada desta quinta-feira, 22, apresentando vômito escuro e picos de pressão arterial.
“Minha irmã começou a sentir dor no estômago, vomitar preto, a pressão foi para 18 por 16. Minha mãe ligou para o SAMU e eles simplesmente se negaram a vir. Disseram que era para levar ela para a UPA”, relatou Allana em áudio enviado à equipe do portal Ozicast.
A denúncia indica que a paciente, com histórico de alto risco, não conseguia se locomover sozinha, o que dificultou a condução até a unidade de saúde. Segundo Allana, a mãe, que recentemente passou por cirurgia de catarata e deveria estar em repouso, precisou acionar um transporte particular de madrugada para levar a filha à emergência.
Ainda no áudio, Alana mencionou outro episódio em que o SAMU teria se negado a prestar socorro, dessa vez a uma tia em surto psicológico. Ela só teria sido atendida após insistência e pressão da própria denunciante, que afirma ser policial.
“Esses dias eu precisei do SAMU para socorrer minha tia em surto. Eles disseram que não atendiam esse tipo de ocorrência. Só vieram depois que eu disse que era policial e conhecia os protocolos. E agora, como acharam que minha mãe não tinha conhecimento para denunciar, simplesmente não vieram”, afirmou.
A denúncia expõe a fragilidade da confiança da população no serviço de emergência e abre espaço para discussões sobre os critérios utilizados para envio de ambulâncias em Itabuna.
O espaço está aberto para manifestação oficial do SAMU Itabuna.