“Reconhecemos o compromisso e a boa vontade do município no acolhimento aos imigrantes venezuelanos da tribo Warao que estão em Itabuna. Mas, precisamos dialogar mais e entender a cultura deles, que é bem diferente da nossa. Por isso estamos aqui”.
A afirmação é da superintendente das Políticas para Povos Indígenas da Secretaria da Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (SEPROMI), do Governo do Estado, a indígena Patricia Pataxó que junto com uma Comissão visitou os imigrantes na manhã desta quarta-feira, dia 22.
Antes da visita ao abrigo, no antigo Colégio Antônio Carlos Magalhães, no Mangabinha onde os venezuelanos estão provisoriamente, a Comissão conversou com o prefeito Augusto Castro (PSD), com a secretária interina de Promoção Social e Combate à Pobreza (SEMPS), Luciana Seara, e as assistentes sociais Grazielle Coutinho, Dulce Marinho e Miriam Souza.
O tema do diálogo e das conversas girou sobre as condições do abrigo e o acolhimento às crianças, adultos e idosos venezuelanos por parte do município.
Segundo a secretária Luciana Seara, a visita é importante porque os representantes do Governo do Estado puderam comprovar a situação do grupo indígena e as ações promovidas pela Prefeitura que são do conhecimento dos ministérios públicos estadual e federal, por meios de relatórios regulares encaminhados.
“A documentação é feita por um Comitê Intersetorial, criado para cuidar pelo prefeito Augusto Castro, para atender pessoas imigrantes ou refugiadas que chegam ao município”, afirmou Luciana Seara.
A indígena Patricia Pataxó confirmou que a Comissão da SEPROMI e do Governo da Bahia pretende articular com outros órgãos essa transversalidade que não cabe apenas ao Estado, mas também ao Município e a União que tem o Ministério dos Povos Indígenas como uma pasta específica para lidar com os imigrantes da tribo Warao. “Mas antes precisamos ouvir o que têm a nos dizer e esse é um dos motivos de nossa visita”, disse a superintendente.
A Comissão governamental contou ainda com o coordenador da Política para Povos Indígenas, Jerry Matalawê, as assessoras técnicas e assistente social Dimeire Amorim e Renata Tupinambá e a fotógrafa Jaqueline Lima.
O grupo de imigrantes indígenas venezuelanos chegou ao município em setembro do ano passado pela terceira vez e atualmente continua abrigado no Centro de Abrigamento Provisório no imóvel onde funcionava a antiga escola estadual no Mangabinha.
Diariamente, mais de 40 pessoas recebem alimentação, higienização pessoal e atenção nas áreas de saúde e educação, além da assistência social prestada por profissionais das secretarias municipais de Promoção Social e Combate à Pobreza (SEMPS), Saúde e da Educação.
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