Moradores da rua de Palha, em Itabuna, interditam as faixas de um trecho da BR-415, na manhã desta quarta-feira (28). O grupo pede a entrega das moradias prometidas pela prefeitura do município. O bairro Maria Matos, mais conhecido como Rua de Palha, foi um dos mais afetados pela última grande enchente que atingiu a cidade, em dezembro de 2021.
O protesto começou por volta das 6 horas da manhã, quando os manifestantes foram à rodovia com pneus e pedaços de madeira e atearam fogo aos materiais, para impedir o tráfego de veículos. O trecho interditado dá acesso a Ibicaraí e outras cidades da região cacaueira.
Essa não é a primeira vez que moradores do bairro interditam a BR-415. Em fevereiro do ano passado, os moradores da localidade pediam o retorno do pagamento do aluguel social, pago pelo município no valor fixo de R$ 485,00 de auxílio, destinados aos moradores.
ENTREGA DAS CASA
Em abril de 2023, o prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), assinou na companhia dos ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Rui Costa (chefe da Casa Civil) e do governador Jerônimo Rodrigues, a ordem de serviço para a construção de dois loteamentos urbanizados em áreas do município, para a construção de 696 unidades habitacionais, para abrigar as famílias ribeirinhas que perderam suas casas.
De acordo com o anunciado pela gestão municipal, 265 imóveis serão construídos no Bairro Jorge Amado para as famílias vítimas da enchente do bairro Maria Matos (Rua de Palha) e Nova Itabuna. Além disso, outro loteamento será construído no bairro São Lourenço, próximo ao Posto Atalaia, com 431 unidades habitacionais para atender quem morava nas localidades da Bananeira e Nova Itabuna, onde perderam suas casas.
A prefeitura ainda não informou quando terá início a construção das novas unidades habitacionais. O investimento do Governo Federal é de R$ 82,9 milhões e inclui também a construção de dois parques lineares às margens do Rio Cachoeira. As casas terão dois quartos, cozinha, sala de estar e banheiro, além do lote de terreno, que possibilita a ampliação do imóvel.
NOTA DA PREFEITURA
Em nota a prefeitura informou que , “o processo licitatório está na fase final para que as obras sejam iniciadas tão logo o município receba autorização do Tribunal de Contas da União”. A gestão municipal ainda ressaltou que desde 2021, a prefeitura, por meio da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (SEMPS), paga R$ 275 mil mensais de aluguel social para beneficiar 550 famílias que dependem dessa ajuda.
“Cada uma recebe R$ 500 para custear a despesa com a locação do imóvel. Portanto, é injustificável que pessoas tão sofridas sejam exploradas na sua boa-fé em ano eleitoral, quando merecem carinho e atenção para que retomem com dignidade suas condições normais de vida”, diz a nota.
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