Moradores da Rua de Palha, localizada na Avenida Ibicaraí, em Itabuna, interromperam o tráfego nos dois sentidos da BR-415, nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (12), em protesto pela falta de cumprimento de promessas feitas pela Prefeitura. O ato, que gerou grande lentidão no trânsito e congestionamentos, pede a construção das casas para os moradores atingidos pelas enchentes do Rio Cachoeira em 2021.
Os manifestantes alegam que, quatro anos após o desastre, nenhuma casa foi construída ou entregue às famílias que perderam tudo. Além disso, muitos moradores que recebiam o auxílio-aluguel social tiveram o benefício recentemente cortado. Este não é o primeiro protesto na localidade; em fevereiro de 2023, os moradores também bloquearam a BR-415, exigindo o pagamento do auxílio-aluguel atrasado.

Em resposta ao protesto, o secretário de Promoção Social e Combate à Pobreza, José Carlos Trindade, se reuniu com uma comissão de moradores da Rua de Palha, juntamente com representantes da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo (SIURB). Trindade explicou que o projeto de construção das casas está em fase de adequações devido a exigências burocráticas e legais, como a definição de um novo terreno. Ele destacou que, após a aprovação final do projeto, o processo de licitação para a escolha da empresa construtora deve começar dentro de 90 dias.
Representantes da prefeitura informaram que o projeto, que teve início em 2022, está previsto para ser concluído em 2025. A expectativa é que o Governo Federal aprove os recursos nos próximos 60 dias para que o processo de licitação seja realizado. O secretário também reforçou que o valor do auxílio-aluguel pago pela Prefeitura não pode ultrapassar R$ 379,50, devido a restrições legais.
Para Sâmara Ribeiro Silva, integrante da Comissão de Moradores e residente na Rua de Palha há mais de 40 anos, a expectativa a partir deste encontro de hoje é que haja um maior diálogo entre as famílias e os representantes da Prefeitura.
“O que nós queremos é que haja essa troca de informações para que a gente possa ter conhecimento do andamento do projeto, já que estamos há dois anos vivendo na expectativa por ter em definitivo uma moradia digna para nossas famílias”, finalizou.