Vereador Erasmo Ávila quer regulamentar paredões em Itabuna e gera polêmica
Proposta do vereador busca equilibrar lazer e sossego, mas divide opiniões entre moradores e empresários do setor.
A cidade de Itabuna entrou em debate sobre a regulamentação dos paredões de som após a grande repercussão de um vídeo publicado pelo vereador Erasmo Ávila. A discussão gira em torno da busca por um equilíbrio entre o entretenimento proporcionado pelos paredões e o direito ao sossego da população.
Atualmente, a falta de regulamentação faz com que esses equipamentos sejam utilizados sem critérios claros, resultando em incômodo para moradores e possíveis conflitos com leis de perturbação do sossego.
Confira o vídeo que gerou a repercussão:
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A discussão sobre os paredões gera opiniões divergentes entre os moradores. Enquanto alguns defendem o direito ao entretenimento e o impacto econômico positivo que esses eventos podem trazer para pequenos comerciantes, outros reclamam do barulho excessivo, especialmente em áreas residenciais.
“Sem dúvidas Itabuna é outro nível a importância agora é os paredões vamos liberar pra perder nossa paz porque os donos desses equipamentos não ligam pra quem quer paz a solução é uma só achem um lugar bem longe da cidade e que eles se concentrem lá pra ouvir suas músicas”, desabafou um seguidor da OZITV na publicação do vídeo. Outra seguidora comentou, “Ninguém dorme mais em Itabuna. Não pode assistir tv, ouvir uma música em casa som ambiente, ler um livro, pq o paredão não deixa.
Por outro lado, outros seguidores ressaltam a importância do diálogo para encontrar uma solução que contemple todos os lados: “Quando o interesse da população é respeitado, tudo dá certo. Dentro da legalidade e com diálogo, chega-se a um consenso. Importante: a justiça deve sempre prevalecer”, comentou outro seguidor.
De acordo com o vereador, em entrevista à OZITV na última quarta-feira(19), a intenção não é autorizar o funcionamento dos paredões sem critérios, mas sim criar regras para que eles operem em locais apropriados, sem prejudicar a qualidade de vida da população.

“Os paredões hoje tocam em qualquer lugar: esquinas, campos de futebol, ruas e sem nenhuma autorização. Isso acaba gerando conflitos com quem quer descanso e também com os donos desses equipamentos, que dependem deles para o sustento. Precisamos organizar essa situação de forma equilibrada”, explicou Erasmo Ávila.
Diante da polêmica, a Câmara de Vereadores se comprometeu a realizar audiências com os envolvidos para discutir a melhor forma de regulamentar a atividade. “Temos que criar um meio-termo, um espaço adequado para os paredões e regras claras para seu funcionamento, garantindo que nem os donos desses equipamentos nem a população sejam prejudicados”, concluiu Erasmo Ávila.
A proposta em discussão na Câmara de Vereadores prevê a definição de espaços específicos para os paredões, garantindo que os eventos aconteçam dentro de normas aceitáveis de emissão sonora. Para isso, estarão envolvidos diversos órgãos, como o Ministério Público e secretarias municipais responsáveis.