Erika de Souza Nunes teve a prisão convertida para preventiva pela Justiça por levar até um banco o tio já morto para obter um empréstimo, no Rio de Janeiro. Ela foi detida na última terça-feira(16) e pode ser investigada por maus tratos, já que se declarava cuidadora de Paulo Roberto Braga, idoso de 68 anos.
Na ocasião Erika tentava solicitar em nome do tio um empréstimo de R$ 17 mil reais. Segundo as autoridades, é possível que o sigilo bancário da vítima seja violado para verificar a suspeita de outras tentativas de empréstimos feitos por Erika, usando o nome de Paulo.
Na quarta-feira(17), o motorista de aplicativo que levou o idoso e a mulher até o banco foi escutado pelos investigadores. No depoimento ele alegou que o homem ainda estava vivo durante a viagem e que Paulo chegou a segurar na porta do carro ao ser retirado do veículo.
De acordo com o delegado responsável, Erika cometeu um crime, independentemente do homem estar vivo ou morto no caminho até o banco, uma vez que, o idoso já estava morto no momento em que a sobrinha pediu para que ele assinasse.
A situação trouxe à tona dados alarmantes sobre o crescimento de denúncias de violência contra idosos. Só nos três primeiros meses de 2024 já foram registradas mais de 42 mil denúncias de violações contra pessoas de 60 anos de idade ou mais na Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH). Entre os abusos mais comuns este ano, destaques para negligência (17,51%), exposição de risco à saúde (14,68%), tortura psíquica (12,89%), maus tratos (12,20%) e violência patrimonial (5,72%).
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