Versão do motorista de ônibus sobre acidente com nove mortes na Bahia é contestada por delegado

O veículo saiu do Rio de Janeiro com destino a  Porto Seguro e tombou na manhã de quinta-feira(11), na BR-101, em Teixeira de Freitas. O motorista que comandava o ônibus afirmou que tentou desviar de outro veículo quando o acidente aconteceu.

Ao todo 34 pessoas estavam no ônibus. Oito passageiros morreram no local e 23 ficaram feridos. A morte da nona vítima foi confirmada na manhã de ontem, quarta-feira(11). Ela estava no Hospital Municipal de Teixeira de Freitas e não resistiu aos ferimentos após uma cirurgia.

A versão do motorista foi contestada por Moisés Damasceno, delegado titular da 8ª Coorpin/Teixeira de Freitas. Em depoimento à polícia, o motorista, identificado como Carlos Alberto da Silva, que estava ao volante no momento do acidente, contou que tentou desviar de outro veículo quando o acidente aconteceu.

“Um carro vinha ultrapassando o outro, ou um caminhão, não deu para ver. Foi muito rápido. Então, eu tentei tirar dele para não bater de frente com um carro menor. E no acostamento tinha muito coco, […] ao frear e tentar sair, o ônibus escorregou a dianteira e foi onde ele caiu na vala. Hoje, fim de carreira, me aconteceu uma tragédia dessa”, disse ele, visivelmente abalado, em entrevista à TV Santa Cruz.

Contudo essa versão, foi contestada pelo delegado, que teve acesso às imagens do ônibus durante o trajeto e descarta que tenha existido necessidade de desvio, como relatou Carlos Alberto.

“O vídeo é bem claro. Uma pessoa que vinha logo atrás e a poucos metros do ônibus e, apesar da velocidade que ele desenvolvia, não conseguia alcançar o ônibus. E, mais a frente, ele passou por uma van, que vinha em sentido contrário, e fica bem claro que no momento que aconteceu o acidente o ônibus não vinha passando ou se encontrou com nenhum veículo realizando ultrapassagem, que é a versão do motorista. Então, isso vai para o inquérito policial e esse vídeo vai ser muito importante para esclarecer as circunstâncias do fato como se deram e como de fato aconteceu”, afirmou o delegado Moisés Damasceno.

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